sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Nunca é tarde

"Quando fazemos uma escolha, qualquer escolha, estamos dizendo sim para um lado e dizendo não para o outro. Então, algum sofrimento sempre vai haver." [Martha Medeiros]

Não é fácil escolher, mas ninguém vive só de  ilusões, um dia por mais duro que seja a gente tem que encarar a realidade. Chega uma hora que já não dá mais, você precisa abrir os olhos, por mais que a claridade forte os irritem, depois de tanto tempo no escuro. A minha escolha foi dizer "não", e um "não" bem bonito. Agora, você pode ficar com suas palavras falsas, com a sua sinceridade inventada... tem tanta gente que ainda acredita nelas, né?
Eu não.
Eu digo '"sim" a minha felicidade (vamos combinar que você passa bem longe dela) de agora em diante eu só me permitirei viver coisas verdadeiras, cansei de ilusões.
[Léia Mara]

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Das forças

Ela encontrou um cantinho na parede, sentou abraçada nas pernas e chorou. Não sabia o que fazer com tanta dor. Procurou colo, alguém que alisasse seu cabelo e dissesse que iria passar, não havia mais ninguém no seu quarto, sentiu-se só, sentiu-se tão pequena que caberia na palma da mão. Lembrou-se de todas as vezes que chorou por bobagem, dessa vez era tão real, não era um dos dramas aos quais estava acostumada. Depois de um tempo as lágrimas pareceram aliviar a dor, pensou no quanto os amigos diziam que ela era forte. E era, não terminaria ali, mas, os dias seguintes se encarregariam de trazer as forças necessárias.


[Léia Mara]

terça-feira, 12 de outubro de 2010

.Doce

O sorriso ela trás esculpido no rosto, os sentimentos carrega no coração, acredita em contos de fadas, acredita naquilo que ainda virá. Ela é feita de sonhos, de amor e de algumas coisinhas mais; seus olhos às vezes falam tanto quanto as suas  palavras; um dia decidiu crescer, cresceria, mas jamais perderia o jeito, a inocência e o crê em tudo que trazia desde menina, há nela algo bem maior do que as pessoas conseguem ver, há sensibilidade, há emoção. Há uma força que nem mesmo ela saberia medir e que nas horas ruins resolve aparecer. É doce, e para ela é quase insuportável conviver com pessoas amargas, pessoas que sentem prazer em brincar com sentimentos. Gosta de viver, gosta do mistério que está contido em cada dia. A esperança é sua companheira de viagem, lado a lado, sem nunca a perder de vista. Sua cor preferida é o rosa, mas o seu mundo não é dessa cor, ou pelo menos, há muito tempo deixou de ser. Tem verdadeira paixão pelos amigos; ama muito, sem medo, ama tanto que mal cabe nela. Encara os desafios de frente, e a cada conquista se sente grande. No mais, ela tem uma certeza: não importa quantas vezes ela vai se perder e se reencontrar, será feliz. Será muito feliz.

[Léia Mara]

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sensível


É, eu sou sensível. Não saberia dizer se isso é bom ou ruim; mas eu não consigo simplesmente deixar passar, sabe? Eu não sei sentir pela metade, eu sinto forte, completo, inteiro. Tudo me  toca profundamente, mexe comigo. Se é uma palavra, um sentimento, uma pessoa... eu me envolvo, eu me importo. Se eu cometo um erro, eu vou lá, eu peço desculpas, eu quase imploro. E, se alguém me machuca, eu não sei ignorar, eu choro, e choro; e sempre acabo colocando uma parte da culpa em mim, tudo isso para tornar mais aceitável ter sido magoada. Minhas dores são quase insuportáveis de tão intensas. Os sensíveis sofrem mais, choram mais, se decepcionam mais. Mas, o que eu poderia fazer? Eu acho que já nasci assim, ou se não nasci, devo ter aprendido em alguma fase da vida que já não dá mais para voltar. Se eu pudesse escolher? Não, eu não deixaria que a minha sensibilidade partisse, deixa ela aqui comigo, deixa, que quando a felicidade vier, eu sinto tanto, que sou capaz de senti-la em dobro.

 
[Léia Mara]

domingo, 10 de outubro de 2010

É tão fácil gostar dele...


São 07:01 hrs da manhã, eu fui dormir às cinco, acordo com o telefone tocando, é ele, e só ligou pra saber a hora. Sabe, é tão fácil gostar dele, é tão fácil querer o seu bem. Eu não lembro, mas com certeza eu já senti isso desde que o vi pela primeira vez, e eu só tinha três anos. 
Eu sinto um aperto no peito que chega a sufocar toda vez que algo de ruim lhe acontece, é como se cada pontadinha de dor fosse em mim. E, de repente dá aquela conhecida vontade, de poder voltar no tempo, ter uma máquina de encolher gente e deixar ele bem pequeno, do tamanho de colocar no colo, de poder cuidar, e cuidar e cuidar. Era tão linda a voz doce e fina, ainda continua linda, mas eu gostava mais de antes, eu também gostava do braços finos, e do sorriso infantil.
É tão fácil gostar dele... é amor, um amor que nasceu quando eu tinha três anos, um amor que durará a enternidade. Porque amor de irmão não cabe numa vida, e nem na gente.

[Léia Mara]