quarta-feira, 25 de agosto de 2010


Cheia de luz.
E o mais bonito foi quando ela descobriu,
que podia ouvir e entender estrelas.
Só quem ama pode.

[Caio Fernando Abreu]

sábado, 21 de agosto de 2010

@fw8


Ele não é nenhum remédio prescrito por médicos, mas, faz um 'bem danado' à saúde. E, bem que eu queria poder colocar um pouco dele num frasco e levar pra casa. Eu não teria dias tristes, todos os dias eu teria histórias engraçadas pra ouvir, todos os dias eu daria gargalhadas. As cores e os desenhos alegrariam a minha vida. Eu teria na nuca uma tatuagem feita de caneta de uma estrela e outra de uma flor.
Não lembro a primeira vez que o vi, nem o primeiro trabalho que fizemos juntos, nem sei ao certo qual o dia em que nos tornamos amigos. Talvez porque não teve um dia; foi com o passar dos dias. Cada dia ele ia ganhando um pouco mais de espaço na minha vida. Cada dia ele ia se tornando mais importante. Cada dia ficava um pouco mais dele em mim.
Esses dias eu tenho sentido uma saudade enorme de sentar em frente a cadeira dele na aula. Senti falta de tirar as dúvidas de financeira, de perguntar como se calcula a 'TIR' e o 'Payback descontado', e de lhe dar um abraço e falar para ele que meus braços são pequenos, que ele é grande e minhas mãos não se alcançam. E ele é grande, não só pelo tamanho, ele é grande de coração, de alma. Você consegue imaginar o tamanho do coração de alguém que está de férias, que passou na disciplina mais aterrorizante de todo o curso e que mesmo assim passa a tarde dando aula pra os colegas que ficaram na quarta? Eu não consigo imaginar. Só sei que é um coração bem grande, e que por isso ele também é grande, pra o coração caber no peito.

Você lembra do desenho que fez de mim? Aquele com uma borboleta? Esse aí é você, desculpe pela falta de jeito, eu tentei caprichar, mas, é que eu sou canhota e só sei usar o mouse com a mão direita. Eu não poderia deixar de retribuir seu desenho e de te dizer que se você precisar de um broche emprestado, eu estou aqui, tá?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sabe aquelas coisas mais simples...


Sabe aquelas coisas mais simples... dormir na casa da melhor amiga; receber um cartão de aniversário; tomar banho de chuva; encontrar uma pessoa que você há muito tempo não via; receber um torpedo com um 'boa tarde'; ligar só pra dizer '-oi'; ganhar um abraço apertado; um beijo inesperado; ver um amigo no ônibus; comer tapioca com as amigas; ligar a tv pra ver desenho; colocar a sua irmã mais velha no colo; ir à igreja aos domingos pela manhã; sair de casa sem destino; dançar trancada no quarto pra ninguém ver; andar na praia de pés descalços; comprar um bichinho de pelúcia; ouvir a mesma música várias vezes só porque a letra lembra alguém; dá risada até a barriga doer; andar de mãos dadas; ir dormir de madrugada lendo um livro; chorar vendo filme; sair no sábado à noite. Eu gosto, gosto disso, de coisas simples. São elas que me arrancam sorrisos.
[Léia Mara]

Melhor presente


Eram os meus primeiros passos e ela estava lá, aplaudindo. Foi ela que me pegou nos braços, que pegou em minha mão enquanto eu aprendia a escrever o meu nome, que me ensinou a lição de casa, que deu carinho, amor, que foi paciente. Foi ela que passou noites sem dormir cuidando da minha febre, que voltou a ser criança e brincou de boneca comigo, que me abraçou enquanto eu chorava, que cantou para eu dormir, que me acalmou depois de um pesadelo, que penteou o meu cabelo e fez aqueles cachinhos, que me pegou na escola.
O tempo passou... Hoje eu não sou mais tão pequena, mas eu ainda continuo sendo o seu bebê, a sua menina; e ela ainda está aqui, sabe, ela ainda vibra com as minhas conquistas, ainda tem o mesmo cuidado, ela é amor. Ela sonha por mim, acredita mais do que todas as outras pessoas que eu sou capaz, que eu vou conseguir. A sua voz é a primeira que eu ouço pela manhã... e como me dá segurança a sua voz! Os seus conselhos são os melhores, as suas palavras as mais sábias. Ela é meu exemplo, de mulher, de filha, de esposa, de serva fiel. Eu sou grata por todas as vezes que ela orou por mim, que chorou por mim e até desejou que a minha dor fosse sua. Eu sou grata por me amar. Ela faz tanto que eu não saberia medir a importância que ela tem na minha vida, se eu pudesse todas as suas lágrimas seriam de alegria. Um amor que só é menor do que o amor de Deus por mim.
Obrigada, Mãe.
Você é o melhor presente que eu já ganhei na vida. Eu tenho orgulho de ser sua filha. Quando eu crescer, quero ser igual a você.
Mãe, me acorda amanhã, diz que tá tarde e que eu preciso me alimentar... eu amo a sua voz, eu amo você.
[Léia Mara]

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sobre abraços


Eu estava vendo um comentário que colocaram aqui no blog. Meus olhos brilharam quando viram, é da Pérola Anjos (ela tem nome de flor). A Pérola disse: "existem abraços que são intransferíveis". Sabe, é bem verdade isso. Eles são mesmos intransferíveis, insubistituíveis, únicos, e alguns inesquecíveis. E eu adoro abraços. Guardo todos eles comigo. Eu gosto de abraços que matam a saudade, depois de dias ou meses sem ver o amigo querido; abraços que trazem junto os votos de felicidades no natal, ano novo e aniversário; aqueles abraços que substituem palavras; abraços de urso; apertados; abraços sinceros; abraços que deixam o cheiro da outra pessoa na nossa roupa; abraços que colocam o nosso coração pertinho do coração do outro, ou se o outro for bem alto, a gente consegue ouvir o som das batidas do seu coração. E um abraço diz tanta coisa... Diz para outra pessoa que ela é especial, que você está do seu lado e que ela pode contar com você; que o seu carinho é dela ou até que ela pode dividir com você a sua dor. Abraços também dividem a dor.

[Léia Mara]

O olhar que eu reconheci


Eu entrei no ônibus olhando para todos os lados, procurando entre todos aqueles olhares um olhar que eu reconheceria e em questão de segundos, eu encontrei o dela. A minha primeira vontade foi de abraçá-la. Meu sorriso ficou mais largo, de repente, não eram apenas os meus lábios que sorriam, meu coração também sorriu, ele estava em festa, ele sempre fica assim ao encontrar as pessoas que preenchem o seu espaço. Eu fiquei ali, bem ao seu lado, desfazendo seus cachos, enquanto ela perguntava como estava indo a minha vida... a viagem do ônibus demorou menos dessa vez, já era hora de se despedir.
Eu desci do ônibus, e meu coração ficou apertado, não foi díficil perceber que já era a saudade. Então, todas as lembranças surgiram em minha mente. Eu pude ver nós duas pelos corredores da escola, era o ensino médio, e lembrei de como era brigar com ela e fazer as pazes em seguida, eu não conseguia ficar com raiva dela. Lembrei de como eu reclamava da sua mania de ir várias vezes ao banheiro só olhar o cabelo e de todas as vezes que eu chorava enquanto ela ficava me dizendo que parasse de chorar, até o dia que ela percebeu que se me dissesse 'chore, chore bem muito, que passa' eu parava de chorar. Lembrei dela me ensinando a pegar o ônibus certo e de quando a gente ia esperar o circular B às 7:15 perto da casa dela. Eu lembrei de tantas coisas... e senti vontade de viver tudo novamente.
Agora eu estou pensando... talvez daqui há algum tempo, ela não tenha mais aquele cabelo comprido e com cachos, talvez ele seja curto e liso, talvez ela não seja mais tão magra, talvez ela já use maquiagem ou talvez ela more longe e eu passe muito tempo sem vê-la. Mais ainda assim, quando meus olhos a encontrar, meu coração reconhecerá, porque ele jamais esquece o sorriso e o olhar das pessoas que estão dentro dele.


[Léia Mara]

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Quem, além de você?"


Quem vai te abraçar?
Me fala quem vai te socorrer
Quando chover e acabar a luz
Pra quem você vai correr?
E quem vai me levar
Entre as estrelas, quem vai fazer
Toda manhã me cobrir de luz?
Quem, além de você?

[Leoni]

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"E ele conta"


Às vezes é preciso diminuir a barulheira, parar de fazer perguntas, parar de imaginar respostas, aquietar um pouco a vida para simplesmente deixar o coração nos contar o que sabe. E ele conta. Com a calma e a clareza que tem.

[Ana Jácomo]

Selos

Estou postando os selinhos que ganhei da Talita do Coisa de Menina.
Obrigada Talita!


As regras são:
Postar os selinhos no seu Blog.
Me deixar um recadinho.
Listar cinco coisas que você gosta de fazer.
Indicar 10 Blogs para receber os selinhos.
E deixar um recadinho nos Blogs que você escolher.
Quebrando um pouco as regras eu indico os selinhos para todos os que seguem aqui. Beijos e obrigada pelos comentários e pelo carinho!

domingo, 8 de agosto de 2010

Como eu te amo...

Pai,


Por favor, pai, pergunte a Papai do céu se eu posso te mandar um presente. Porque se puder, eu vou enviar uma caixinha, sabe pai, e nela vou colocar todos os abraços e beijos que tenho guardado pra te dar.
Mais uma coisa: te amo, pai, sinto saudades, feliz dia dos pais.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Eu quis tanto ser a tua paz


Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. . . . E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim - para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura.

[Caio Fernando de Abreu]

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sobre pessoas


Eu gosto de pessoas inteligentes que enxergam o mundo com humor. Tem muitas pessoas em quem eu bato o olho e penso: deve ser legal ser amiga dele. É gente que não carrega o mundo nas costas, que fala olhando nos olhos, que não se leva tão a sério, que é franca na hora do sim e na hora do não. É difícil sacar as qualidades de uma pessoa sem antes conhecê-la, mas intuição existe pra isso. Tenho vários amigos que enriquecem minha vida e se encaixam no meu conceito de “pessoas especiais”, mas meu coração é espaçoso e está em condições de receber novos inquilinos.

[Martha Medeiros]

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

02/08/2008


Algumas pessoas ficam impressionadas com a minha capacidade de lembrar de datas. Lembro datas especiais, que marcaram. Acho que herdei o dom da minha tia, ela conta histórias e a data sempre vem junto, bem direitinho, mesmo que tenha passado anos.
Hoje, é uma das datas que eu não consegui esquecer, 2 de agosto... 2 de agosto. E eu acordei com uma enorme vontade de voltar no tempo.
Seria 2 de agosto de 2008, seria sábado, seria noite, 19 horas, eu usaria uma blusa rosa, calça jeans, salto alto, a chuva borraria minha maquiagem. Alguém me esperaria na porta do Trattoria, pegaria a minha mão, beijaria meu rosto e diria que eu sou mais bonita pessoalmente. Pizza quatro queijos. Coca-cola. Longas conversas. Risos espontâneos. Eu pensaria: "Nossa, parece que eu o conheço há anos". Um banco de praça molhado pela chuva, um convite de aniversário, um abraço de despedida.

[...]

2 de agosto de 2010.

Eu tenho um amigo...

Sabe, a gente pode passar seja o que for, eu prometi pra mim que eu vou ficar com você pra sempre. Eu não sei explicar, mas tem algo que me liga a você, é um querer bem, um querer te ver sempre alegre. Eu conheço seus defeitos e te aceito mesmo assim, eu consigo ver além deles. Eu torço por sua felicidade. Todas as vezes que você errar o caminho, eu vou pedir a Deus para te mostrar o certo.

Deus, obrigada.

domingo, 1 de agosto de 2010

A gente nunca sabe de quem vai gostar


Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
Quem já conseguiu dominar o amor?
Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa?
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar.

[O Teatro Mágico - Ana e o Mar]